É o fim (de um capítulo)

Oi! Decidi passar por aqui para atualizar vocês...

Eu tinha alguns posts aí salvos no rascunho desde a última vez que postei algo por aqui (APARENTEMENTE EM DEZEMBRO DO ANO PASSADO???) e... é, não rolou de ir pra frente, eu voltei a me bloquear, fiquei muito preso na minha cabeça e nos pensamentos que surgiram e, como eu disse, não rolou de ir pra frente. Mas volto hoje com este postzinho bonito depois de ouvir Somebody, da banda que tanto amo, Lemonade Mouth (já tanto mencionada por aqui).

Sério, é impressionante o poder que essa música tem em mim. É ouvir e cantar botando o pulmão na linha de tiro que eu *VOLTO* (à vida? a ter confiança em mim mesmo? a assumir que só existe um jeito de ir em frente com medo, que é ir com medo mesmo? sei lá.).

E falando nisso, é sobre isso que eu quero falar: medo.

Não lembro se já falei isso aqui antes, mas eu tenho TANTO medo (do futuro? do presente?), TANTO cagaço (de tudo?) que chega a ser incrível de tão... é quase covarde. Talvez nem seja uma questão de QUASE, mas de JÁ ser covarde. É só que eu tenho medo porque eu tenho MUITA vontade de MUITA coisa e parece que quanto MAIS eu quero, MAIS eu não saio do lugar. No Tumblr eu cruzei com GIFs de uma cena do filme Luca que eu SEQUER lembrava mas que me descrevia totalmente; "Eu nunca vou a lugar nenhum, só sonho com isso".

Contudo, a questão aqui é que EU TÔ INDO!!!!!!!!!!!! De pouquinho em pouquinho, às vezes tão afundado no estresse da mesmice com o medo da mudança e do mundo fora da minha zona de conforto (lê-se: controle) que não percebo, MAS ainda assim indo. Em um mês eu dou adeus ao meu curso de inglês depois de praticamente 10 anos metido nisso (SIM, 10 ANOS!) e acabei de completar mais um semestre na universidade, o que quer dizer que eu tô chegando cada vez mais perto da minha prova de aptidão (eu falei que eu tinha escolhido EAD aqui, né? É, se não, falei agora. De qualquer forma, por ser EAD, essa prova é necessária como atestado de que eu estou realmente no caminho certo, fazendo a minha parte e etc). Eu reconheço que estou indo, MAS POR QUE EU SINTO QUE NÃO?

Eu ainda nem sei o que quero fazer da vida! Na verdade, eu sei, mas não sei por onde nem como começar (ou será que eu sei e só tô com medo de meter a cara? Ai, alá!).

O problema é que parece que eu comecei ou eu sinto como se estivesse no começo de algo, mas ao mesmo tempo eu não sei o que é isso e é tudo tão novo e ao mesmo tempo insano pra mim que eu só queria um esclarecimento divino rapidinho pra confirmar algumas coisas e poder seguir com a vida um pouco menos no escuro. De certa forma, isso parece ter acontecido em aspectos mais pessoais da minha vida, mas percebi que não tem fuga da luzinha que se acendeu na minha cabeça de que as coisas já andavam confusas pra mim desde o final do Ensino Médio. Se eu for um pouquinho mais honesto, posso até chutar dizendo que é desde o final do Ensino Fundamental mesmo.

Muitos dos meus planos lá atrás foram por água abaixo pelo simples fator do medo. Fosse ele controlável ou não, ele sempre esteve envolvido. Eu comecei a ter crises de ansiedade no fim do Fundamental. Imagino que tenha sido esporádico, crises sem desenvolver para um transtorno, mas isso aí é algo pra ser visto com algum terapeuta num futuro ainda incerto aí. Enfim, acho que foi no 8º ano que desisti da ideia de primeira faculdade nos Estados Unidos, e isso foi a confirmação de que eu não iria para fora do país por muito tempo, ao menos não pelos 4 anos que se seguiriam.

Com as crises no 9º ano do Fundamental e 1º do Médio, eu precisava de uma zona de segurança, então comecei a ver faculdades EAD. Alguns anos depois, decidi que obviamente não deixaria de tentar USP e algumas outras públicas, mas o plano ainda seria EAD. Avancei pra segunda fase em duas públicas (o que me deixou muito feliz), incluindo a USP, mas não rolou de entrar. Já fora do Médio, ainda com algumas dúvidas quanto ao futuro, Tradutor Intérprete abrangia (como ainda abrange) muito do que eu via no meu futuro e fui focadérrimo no EAD, enxergando que era aquilo mesmo que tinha que ser. Parecia certo (ainda mais com a epidemia que, dias depois da matrícula, assolou o mundo inteiro). Foi certo para aquele João Paulo, não é para este que vos escreve (mas isso eu só aprendi ao tomar essa decisão, quem sabe o que teria sido este exato momento se eu nunca tivesse tomado ela?). 

Hoje/agora eu percebo que o medo que me assola não é mais o mesmo medo que me levou a tomar todas as decisões lá atrás de ainda não sair do país, de focar numa EAD e de entrar no curso de Tradutor Intérprete... É um medo diferente, um que eu ainda não sei bem o que é, mas que eu acho que pode ser um que me leve pro caminho certo. 

Eu tô no fim de um capítulo e, caras, eu mal posso esperar para ver como vai ser esse próximo começo...

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